Neste
mês de agosto a AMATRA 10 homenageia os pais na pessoa do pai trabalhador.
Daquele pai que recorre à Justiça do Trabalho para obter, pelo menos, a
retribuição das horas intermináveis que se dedicou ao trabalho e que tantas
vezes lhe roubaram o tempo e os momentos, que não se repetirão, com seus filhos.
Esta
foi a escolha da AMATRA 10, nada aleatória e nada demagoga, apenas porque as
histórias de milhares de trabalhadores
se assemelham às histórias da magistratura trabalhista, porque o Juiz do
Trabalho, cioso de sua responsabilidade social, dedica-se ao seu trabalho
durante horas, solitário e sem limite. Todas elas dedicadas às decisões que
fazem a diferença para tantas famílias brasileiras. Eles, Juízes do Trabalho, também
são pais, sem domínio do seu próprio tempo, pressionados por metas e mais
metas... que deletam a possibilidade mínima de estarem presentes nas vidas de
seus filhos.
Pena
que não existem metas para que o Juiz do Trabalho, também por questão de
responsabilidade social, se dedique com maior afinco aos seus próprios filhos.
A
todos os pais heróis da magistratura trabalhista as nossas mais sinceras
homenagens!!!
“Pensei que fosse
fácil fazer-te um poema, papai.
Mas vejo que tua vida é um poema difícil, que a gente não pode
escrever.
Vejo os calos das mãos que contam histórias de enxadas, caminhando
pelos campos; e histórias de chinelos, falando uma linguagem, que os filhos não
entendem.
Vejo os calos dos joelhos, que contam histórias humildes de horas
silenciosas, conversadas com Deus.
Vejo as rugas da fronte que falam das rugas da alma como sulcos da
terra que as chuvas abriram.
Vejo os pés cansados, rasgados por espinhos, que a gente não vê.
Vejo o calor brilhante do coração que sempre nos ama, quando ainda
não sabíamos amar.
Eu me lembro de um pai, que dorme de olhos abertos pensando no
filho, que não abre os olhos.
Lembro-me de um pai,
Que varre o lixo das ruas,
Pensando no lixo das casas,
Que não pode varrer.
Que varre o lixo das ruas,
Pensando no lixo das casas,
Que não pode varrer.
Lembro-me de um pai,
Que bebe suas mágoas na garrafa,
Pensando matar as mágoas da vida.
Que bebe suas mágoas na garrafa,
Pensando matar as mágoas da vida.
Lembro-me de papai:
É difícil fazer um poema para ti,
Que vives o poema mais lindo.”
É difícil fazer um poema para ti,
Que vives o poema mais lindo.”
(Afonso Ritter) site
Esoterikha.com
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