segunda-feira, 5 de agosto de 2013

HOMENAGEM AOS PAIS JUÍZES TRABALHISTAS


Neste mês de agosto a AMATRA 10 homenageia os pais na pessoa do pai trabalhador. Daquele pai que recorre à Justiça do Trabalho para obter, pelo menos, a retribuição das horas intermináveis que se dedicou ao trabalho e que tantas vezes lhe roubaram o tempo e os momentos, que não se repetirão, com seus filhos.
Esta foi a escolha da AMATRA 10, nada aleatória e nada demagoga, apenas porque as histórias de milhares  de trabalhadores se assemelham às histórias da magistratura trabalhista, porque o Juiz do Trabalho, cioso de sua responsabilidade social, dedica-se ao seu trabalho durante horas, solitário e sem limite. Todas elas dedicadas às decisões que fazem a diferença para tantas famílias brasileiras. Eles, Juízes do Trabalho, também são pais, sem domínio do seu próprio tempo, pressionados por metas e mais metas... que deletam a possibilidade mínima de estarem presentes nas vidas de seus filhos.
Pena que não existem metas para que o Juiz do Trabalho, também por questão de responsabilidade social, se dedique com maior afinco aos seus próprios filhos.
A todos os pais heróis da magistratura trabalhista as nossas mais sinceras homenagens!!!


“Pensei que fosse fácil fazer-te um poema, papai.
Mas vejo que tua vida é um poema difícil, que a gente não pode escrever.
Vejo os calos das mãos que contam histórias de enxadas, caminhando pelos campos; e histórias de chinelos, falando uma linguagem, que os filhos não entendem.
Vejo os calos dos joelhos, que contam histórias humildes de horas silenciosas, conversadas com Deus.
Vejo as rugas da fronte que falam das rugas da alma como sulcos da terra que as chuvas abriram.
Vejo os pés cansados, rasgados por espinhos, que a gente não vê.
Vejo o calor brilhante do coração que sempre nos ama, quando ainda não sabíamos amar.
Eu me lembro de um pai, que dorme de olhos abertos pensando no filho, que não abre os olhos.
Lembro-me de um pai,
Que varre o lixo das ruas,
Pensando no lixo das casas,
Que não pode varrer.
Lembro-me de um pai,
Que bebe suas mágoas na garrafa,
Pensando matar as mágoas da vida.
Lembro-me de papai:
É difícil fazer um poema para ti,
Que vives o poema mais lindo.”
(Afonso Ritter) site Esoterikha.com

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