"FALTOU LUZ" NARRATIVAS DE UM JUÍZO ITINERANTE Por MÁRCIO ROBERTO ANDRADE BRITO Juiz do Trabalho
FALTOU LUZ
outro dia fazíamos
audiência num salão do júri no município de Taguatinga; faltou energia; mandei
que abrissem as janelas; dei prosseguimento à audiência assim mesmo; sem o refrigério
do ar condicionado; no calor de 40 graus; o computador portátil continuou
funcionando à bateria; terminada a audiência, não pude imprimir a ata; ficou
gravada na memória do computador para ser impressa e assinada no dia seguinte,
já em Dianópolis, sede da jurisdição; todos saíram da audiência sem nenhum
registro escrito; não havia um rumor sequer sobre o fato; nos tempos da máquina
de escrever o desfecho seria diferente; a inovação tecnológica trazia naquele
momento uma nítida demonstração de dependência; mesmo assim, percebi pelo
comportamento dos advogados e litigantes – serenos – de que ainda há grande
confiança no Judiciário pelo interior do Brasil afora;
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