EPÍLOGO
quando fui promovido à titularidade da vara do trabalho de Dianópolis, eu
que nasci em João Pessoa, comecei a me preparar para esta temporada numa cidade
do interior; muitos me encorajaram; uma juíza de Brasília, nascida em Cachoeiro
do Itapemirim e que foi juíza em Gurupi, dizia-me que eu fosse para aquele
lugar com o coração aberto; ouvi de um desembargador de Brasília, que nasceu no
Rio de Janeiro e foi juiz em Guajará-Mirim: “Marcinho, você precisa fazer a
justiça itinerante”; incrédulo e sem nenhum ânimo para viajar mensalmente
quilômetros de estrada, respondi num tom de dúvida: “Será?”; um outro
desembargador de Brasília, nascido em Goiânia e que foi juiz em Araguaína,
afirmava que eu recebia naquele ato de promoção uma grande e nova
responsabilidade, a de honrar o cargo que o Tribunal-Estado me confiou; hoje
percebo que eles estavam certos; os três; assumi a missão com o coração aberto;
enfrentei o desafio da justiça itinerante que modificou radicalmente o meu modo
de enxergar a difícil tarefa de julgar; minha visão de mundo se aclarou; ainda
é muito embaçada, é verdade; mas as incontáveis experiências, que desejo sejam
vividas por outros magistrados, içaram, no mínimo, o pensamento que hoje me é
referência; a humanidade só precisa de saúde
e paz; amém!
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