quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

EPÍLOGO - NARRATIVAS DE UM JUIZ ITINERANTE - POR MÁRCIO ROBERTO ANDRADE BRITO - JUIZ DO TRABALHO

EPÍLOGO


quando fui promovido à titularidade da vara do trabalho de Dianópolis, eu que nasci em João Pessoa, comecei a me preparar para esta temporada numa cidade do interior; muitos me encorajaram; uma juíza de Brasília, nascida em Cachoeiro do Itapemirim e que foi juíza em Gurupi, dizia-me que eu fosse para aquele lugar com o coração aberto; ouvi de um desembargador de Brasília, que nasceu no Rio de Janeiro e foi juiz em Guajará-Mirim: “Marcinho, você precisa fazer a justiça itinerante”; incrédulo e sem nenhum ânimo para viajar mensalmente quilômetros de estrada, respondi num tom de dúvida: “Será?”; um outro desembargador de Brasília, nascido em Goiânia e que foi juiz em Araguaína, afirmava que eu recebia naquele ato de promoção uma grande e nova responsabilidade, a de honrar o cargo que o Tribunal-Estado me confiou; hoje percebo que eles estavam certos; os três; assumi a missão com o coração aberto; enfrentei o desafio da justiça itinerante que modificou radicalmente o meu modo de enxergar a difícil tarefa de julgar; minha visão de mundo se aclarou; ainda é muito embaçada, é verdade; mas as incontáveis experiências, que desejo sejam vividas por outros magistrados, içaram, no mínimo, o pensamento que hoje me é referência; a humanidade só precisa de saúde e paz; amém!

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