"http://blogs.estadao.com.br/fausto-macedo/juizes-enxugam-gelo-ao-soldo-meio-dia-diz-desembargador/
Xavier de
Aquino*, do TJ/SP, alerta que magistrados ‘destroem sua saúde’
Augusto Cury é
um dos psiquiatras e escritores mais
festejados nos dias de hoje, sendo certo que vendeu mais de 20 (vinte) milhões
de livros no Brasil e publicou em mais de 60 (sessenta) países. Ao tratar da
ansiedade, sob o ponto de vista de como enfrentar este mal do século, obtempera
que a Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA) é um dos sintomas mais penetrantes
no eu do ser humano na atualidade.
A certa altura
do seu escrito, o facultativo observa que “há muitas classes de profissionais
voltados para a sustentabilidade do funcionamento da sociedade que têm uma
sobrecarga de trabalho inumana. Entre elas, gostaria de ressaltar duas: a dos
juízes (magistrados) e a dos promotores de justiça. É surpreendente que os governos
federal e estaduais do país não atentem para a qualidade de vida desses
diletos profissionais.
Os juízes
parecem enxugar gelo sob o sol do meio-dia numa sociedade conflituosa, que,
vitimada pela SPA e pelas armadilhas da mente, tem pouca habilidade para
proteger sua emoção e resolver conflitos pacificamente, optando por
instrumentos jurídicos processuais. São mais de 100 milhões de processos no
Brasil para um número inexpressivo de menos de 20 mil juízes. Incontáveis
magistrados, justamente por serem altruístas, destroem sua saúde física e emocional
trabalhando à noite, sacrificando suas famílias, seus finais de semana e até os
seus feriados.
Muitos deles,
além disso, sofrem com ameaças externas; mas o primeiro e o pior inimigo é
mesmo o que vem de dentro, decorrente do esmagamento da qualidade de vida pela
sobrecarga do trabalho intelectual exercido. A Síndrome do Pensamento Acelerado
os leva a ter fadiga ao acordar, cefaleia, dores musculares, ansiedade, sofrimento
por antecipação, transtorno do sono, déficit de memória. Como teremos uma
sociedade justa e fraterna se somos injustos exatamente com aqueles que se
encarregam de fazer justiça?
É necessário
dar atenção a todos os profissionais do sistema judiciário” (in Ansiedade, como
enfrentar o mal do século. Ed. Saraiva, São Paulo. 4ª Tiragem. 2014. Págs.
143/144).
Com o
tirocínio que só o médico psiquiatra e terapeuta pode ter, Augusto Cury teve a
sensibilidade de abstrair a radiografia perfeita de um magistrado, tendo em
vista, sem exceção, que todo juiz ao abraçar a carreira, abre mão de seus sonhos,
deixando de ter qualidade de vida, alienando seus finais de semana, seu sono,
descanso e, por vezes, deixa de lado as pessoas que mais ama, esquecendo-se que
ele também é um simples mortal.
Tal
procedimento lhe acarreta os maus antefalados, daí por que durante toda a sua
vida, diferente do que ocorre com o cidadão comum, será obrigado a
gerenciá-los, sob pena de assim não o fazendo, criar uma dívida para com a sua
saúde mental, o que amiúde ocorre.
É bem de ver
que, no mais das vezes, o agente do Poder Judiciário inicia a carreira com
pouca idade e, de uma hora para a outra, assume significativas
responsabilidades, isso porque é inerente à função judicial dar a cada um o que
é seu com igualdade e, por via de consequência, o jovem magistrado, cônscio de
suas responsabilidades, paga a conta do noviciado, tendo de resolver os
conflitos de interesse, não raro, por si só, circunstância esta que inequivocamente
cria situações estressantes.
Tal situação
cria para o juiz, no afã de exercer a arte de bem julgar, posicionamentos que o
colocam como carrasco de si mesmo, cujas consequências psicológicas serão
constatadas no futuro, de sorte a torná-lo uma pessoa só por excelência.
Não basta para
ele os conhecimentos adquiridos no curso de direito e tampouco nos exaustivos
anos de estudo para galgar o concurso público para exercer o mister judicial,
posto que a vida do magistrado é um constante estudar, produzindo-lhe, ad
futurum, significativo desgaste cerebral.
Indaga-se: com
o tratamento que recebe das autoridades constituídas e com as consequências
advindas das responsabilidades assumidas acima mencionadas, que boicotam a sua
qualidade de vida, tornando-o um moço velho, vale a pena ser juiz, tendo em
vista os vencimentos que lhes são atribuídos?!"
*José
Carlos G. Xavier de Aquino, desembargador do Tribunal de Justiça
de São Paulo"
na moral vai se fuder,recebe bem tem de tudo nao se importando com classes sociais menos "glamourosas" no olhar da sociedade. Pois lhe garanto que quem se enquadra em uma dessas classes subordinadas, assim chamaremos, sofrem com mt mais responsabilidades tendo que o salario minimo é um lixo e nao sentem autopiedade pois sabem que ninguem lhe dará ouvidos,entao antes que mude alguma coisa para os excelentissimos magistrados coitadinhos que mude também para qm pensa demais sobre como colocar um prato de comida para seus filhos.
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