terça-feira, 23 de abril de 2013


Diante de tantas situações adversas, a tristeza, a desesperança e a decepção que invadem o íntimo de cada magistrado deste país, seja porque não se vê bem representado pela cúpula do judiciário, composto por pouquíssimos magistrados de carreira, seja porque não tem o respeito do executivo, que se omite, sem explicação razoável, até mesmo em assinar as aposentadorias e as promoções dos Juízes de carreira, de repente, surge a motivação para seguirmos em frente.
Na lista da Amatra 10, a presidente da entidade, postou uma mensagem narrando a satisfação de participar do projeto TJC – Trabalho Justiça e Cidadania - e a constatação das dificuldades que o povo brasileiro enfrenta.
Pelo cidadão, pelo trabalhador brasileiro e pela sensação de realização de justiça é que vale a pena continuar a caminhada.
Utilizando-me das palavras da Juíza Noemia Porto, deixo o lembrete para os representantes de todos os poderes:
SEM PRESSA, SEM JUSTIÇA”

Amigos da Amatra-10,

Hoje estive na Escola Fundamental 8, no Guará II, a convite, para falar sobre o TJC e tirar dúvidas de professores e alunos. As dúvidas de sempre estão lá: histórias e histórias de descumprimento de direitos básicos trabalhistas, além claro, do assunto do momento: a PEC das domésticas.
Havia em torno de 10 professores e mais de 100 alunos que participaram ativamente do evento, com empolgação e interesse.
Na semana que vem a escola receberá unidades da Cartilha do Trabalhador e, ainda, a nova Cartilha da Anamatra que versa especificamente sobre a proteção do maio ambiente laboral.
De resto, deixo um registro pessoal: a sensação que tive do momento que entrei na escola, por volta das 19 h, até a saída, em torno das 22h, foi a de que não tenho problemas, apenas algumas adversidades; problemas têm aqueles que lutam e lutam muito para sobreviver com bem pouco.
Na sexta-feira passada, na atividade da OAB, um advogado perguntou o que a Amatra-10 faz de concreto para disseminar uma cultura de direitos e deveres trabalhistas. Para isto tínhamos uma resposta segura e que pareceu impressionar a plateia, da qual rapidamente brotaram voluntários para atuar no TJC.
Tomara que o Projeto, pela luz que lança na questão dos direitos fundamentais, possa sempre contar com voluntários.

Abraços!
Noemia"

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