quinta-feira, 17 de outubro de 2013

PLANEJAR - NARRATIVAS DE UM JUÍZO ITINERANTE Por MÁRCIO ROBERTO ANDRADE BRITO Juiz do Trabalho


PLANEJAR

época de chuva é um calvário; estradas deterioradas; buracos; animais na pista; falta de visibilidade; névoa; e água, muita água; o caminho se torna mais longo; troca de pneus; pane no veículo; o risco de atrasos torna-se maior; o medo de não chegar a tempo vai atormentando juiz e servidores durante o percurso; não podemos falhar com quem está aguardando ansiosamente pela solução de seu problema; a angústia não pode, entretanto, suplantar a necessidade de segurança da equipe; temos que dirigir com cautela; percebi que é preciso planejar melhor o roteiro; prever os infortúnios; pegar estrada à noite por estas regiões é uma insanidade; resolvi que um expediente (manhã ou tarde) deve ser inteiramente destinado ao deslocamento, independentemente da distância a ser percorrida (100 km, 200 km, 300 km, etc.); e de que devemos estar com antecedência razoável nos locais de audiência, nem que para isso seja necessário pernoitar no município de destino; planejar, palavra cujo verdadeiro significado nós aprendemos nestas idas;

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