segunda-feira, 1 de agosto de 2016

DE AREIA BRANCA PARA O MUNDO - por Camila Marinho

De Areia Branca para o mundo.

Um exímio magistrado trabalhista, que chegou ao topo de sua carreira com muito suor e sal.
Deixou grandes legados à Justiça do Trabalho
Esse querido Ministro
Homem sábio
Honrado
Que para mim e outros mais
Era apenas "vovô"

Um avô cheio de amor
Que adorava a casa cheia
Gostava de perguntar por onde estava Chica Brás (que eu nunca descobri quem era)
Pedia para a gente ficar falando besteira ao lado dele para que dormisse bem
E gritava o nome de todos os santos:
Valei-me meu padim Padre Ciço, meu Santo Antônio do Salto da Onça e tantos outros.

Meu avô, que, no dia em que nasci, me presenteou, sem saber, com Pirambúzios: o melhor lugar do mundo.
Foi a minha estreia no mundo e também a de nossos veraneios, onde passaríamos os melhores momentos de nossas vidas e nos reencontraríamos todo mês de janeiro.
Os verões jamais serão os mesmos sem você.
Mas pelo que foram, já valeu viver.

Meu avô, tão cheio de vida, sempre pedia para que eu não o deixasse morrer.
Desculpe, vovô. Eu achava que podia, mas não consegui.
Por um tempo achei que você era imortal não só na Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, mas também de corpo.

Mas o corpo vai
A alma sublima
Seu legado permanece
E "as areias brancas da memória" vivem eternamente.
Que honra Deus me deu em ter você como "vovô".


Camila Marinho

Nenhum comentário:

Postar um comentário