quinta-feira, 28 de julho de 2016

CORTE NO ORÇAMENTO DA JUSTIÇA DO TRABALHO - MAIS UM TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO AMEAÇADO DE FECHAMENTO - TRT 11

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Maria das Graças Alecrim Marinho informou que “é uma possibilidade real” a paralisação das atividades jurisdicionais e administrativas da Justiça do Trabalho.

Justiça do Trabalho no Amazonas pode parar atividades, diz presidente
 28 de julho de 2016 37 Views Amadeus, Atividades, Justiça do Trabalho, presidente



Manaus – Em nota oficial divulgada na manhã desta quinta-feira (28), a presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT11), Maria das Graças Alecrim Marinho, informa que “é uma possibilidade real” a paralisação das atividades jurisdicionais e administrativas da Justiça do Trabalho no Amazonas e Roraima, a partir do próximo mês de agosto, por falta de recursos financeiros.
A nota diz que “caso continue a atual situação orçamentária, a partir do mês de agosto, não haverá mais recursos financeiros para pagamento das despesas necessárias à manutenção das atividades essenciais ao funcionamento normal das unidades judiciárias e administrativas que compõem o TRT11” e que , “portanto, apesar das medidas de contenção de despesas adotadas, o TRT11 não disporá de orçamento para honrar com os contratos em andamento, inviabilizando a continuação de suas atividades jurisdicionais e administrativas”.
Maria das Graças Alecrim Marinho diz que “é do conhecimento de todos que o Executivo, visando a equilibrar sua política de gastos públicos, implementou uma série de cortes orçamentários, aprovados pelo Poder Legislativo. Só no ano de 2015, o TRT11 sofreu três dessas medidas restritivas” . E que, “no ano de 2016, tais cortes orçamentários atingiram proporções inimagináveis. Cerca de 30% no custeio, rubrica que envolve contratos com empresas fornecedoras de energia, combustível, manutenção, limpeza e conservação, água, segurança e vigilância, motoristas, copeiragem, internet, passagens aéreas e material de expediente em geral, aluguéis, estagiários e contratos de TI”.
Segundo a nota “na área de investimento, o corte atingiu o patamar de 90%, inviabilizando construção e reforma de edifícios-sede e fóruns trabalhistas, além de aquisição de mobiliário e novos equipamentos de informática, indispensáveis para manter funcionando o Processo Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho – PJe-JT, responsável pelo avanço experimentado na qualidade da prestação jurisdicional da Justiça do Trabalho em nível nacional”.
No âmbito restrito do TRT11, em 2016, segundo Maria das Graças Alecrim Marinho, as despesas de custeio foram orçadas pelo corpo técnico do Regional em pouco mais de 54 milhões. Ela informa, ainda, que o Conselho Nacional da Justiça do Trabalho (CSJT), ao enviar para o Congresso o pedido orçamentário, reduziu para 39 milhões. “A Casa Legislativa aprovou efetivamente 28,7 milhões, ou seja, 25 milhões a menos que o valor inicialmente previsto e 10,4 milhões abaixo do orçamento solicitado pelo CSJT. Isso significa um corte de 47,5% sobre o valor requerido pelo TRT e de 26,6% sobre o montante orçado pelo Conselho Superior’, diz.
A nota diz, também, qeu estão incluídas na verba de custeio o orçamento destinado aos trabalhos das Varas Itinerantes (Corregedoria) e à formação e ao aperfeiçoamento de servidores e magistrados (Escola Judicial), cujas atividades já se encontram suspensas em sua quase totalidade. “Se colocarmos aparte esses recursos, sobrarão exatamente R$ 16.350.851,00. Até o final do mês de julho todas as contas serão pagas em sua integralidade, atingindo o montante de R$ 15.443.337,37. Contudo, para os próximos cinco meses até o final do ano de 2016, a despesa mensal necessária para manter os contratos atuais será de R$ 2.206.191,05. Multiplicando a despesa mensal por cinco (agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro), resulta num déficit de pouco mais de 11 milhões”, detalha.
A presidente do TRT11 informa que tomou inúmeras medidas saneadoras de despesas, que resultaram numa economia de cerca de 3 milhões de reais, reduzindo para 9 milhões o déficit financeiro do Regional no final do presente exercício. Dentre elas está a redução dos contratos nos limites da lei (25%), diminuição do número de estagiários, suspensão de alguns contratos de TI e redução do consumo de combustível e energia elétrica.
A nota encerra dizendo que  “a paralisação do TRT11 por falta de recursos, como visto, é uma possibilidade real”. E que “o quadro espelha-se por muitos outros dos 24 Regionais do País” e que, por esse motivo, os presidente dos Tribunais Trabalhistas reunir-se-ão em Brasília na primeira semana de agosto, com o fim de encontrar soluções legais e negociais à crise orçamentária e financeira que assola a Justiça do Trabalho.


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